Os Maiores Absurdos de "A Liga Extraordinária" que Não Fazem o Menor Sentido
- Órbita Nerd BR
- 25 de dez. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: 8 de fev.

Lançado em 2003, A Liga Extraordinária prometia ser um épico inspirado nos aclamados quadrinhos de Alan Moore, reunindo alguns dos maiores personagens da literatura vitoriana em uma aventura cheia de ação. A ideia parecia promissora, com figuras icônicas como Allan Quatermain, Capitão Nemo e Mina Harker unindo forças contra um inimigo misterioso. Mas a execução... bem, deixou muito a desejar. O filme foi amplamente criticado pela crítica e pelos fãs dos quadrinhos por suas escolhas duvidosas e roteiros cheio de incoerências. Não por acaso, foi o último filme da carreira de Sean Connery, que decidiu se aposentar após a produção, citando a experiência como um verdadeiro pesadelo.
Ainda assim, o filme conquistou um certo status cult, sendo lembrado tanto por suas ideias quanto pelos absurdos inacreditáveis. Vamos relembrar os momentos mais questionáveis dessa produção e entender por que A Liga Extraordinária é um clássico peculiar.
1. O Carro "Super Veloz" no Século XIX
O filme se passa em 1899, mas, de alguma forma, o Capitão Nemo aparece dirigindo o "Nautilus Car", um veículo absurdamente avançado para a época. O carro não apenas é estiloso e luxuoso, mas também consegue atingir velocidades dignas de um carro de Fórmula 1 enquanto percorre as ruas estreitas de Veneza. Se isso não fosse o bastante, o design do carro é tão extravagante que ele parece algo saído diretamente de um filme de ficção científica, e não de uma aventura histórica. Além disso, o tráfego e a topografia de Veneza seriam praticamente impossíveis para um carro desse tamanho e velocidade.
2. Veneza... Desabando em Dominó?
E falando em Veneza, temos uma das cenas mais absurdas do filme. Após uma explosão, a cidade começa a desmoronar como peças de dominó, em um efeito cascata que simplesmente ignora toda a lógica. Veneza é construída sobre estacas de madeira e ilhotas no meio de uma lagoa, então não há como prédios afundarem em sequência como mostrado. Essa cena parece existir apenas para criar uma corrida contra o tempo cheia de ação, mas o resultado é tão irreal que tira qualquer tensão que poderia existir.
3. Allan Quatermain Como Um Super-Herói Imortal
Allan Quatermain é um personagem clássico da literatura, conhecido por suas habilidades como aventureiro e explorador. No entanto, no filme, ele parece ser quase imortal, sobrevivendo a situações que nenhum ser humano normal poderia. No final do filme, ele ainda ganha uma espécie de "imortalidade mística", sugerindo que ele pode retornar dos mortos. Essa mudança drástica no personagem parece ter sido feita apenas para agradar o público moderno, mas acaba deixando o roteiro ainda mais confuso.
4. A Aparência "Mortal Kombat" do Sr. Hyde
Nos quadrinhos, o Sr. Hyde é grotesco, mas ainda assim reconhecível como humano. No filme, ele parece ter saído diretamente de um jogo de videogame dos anos 90, com músculos tão exagerados que desafiam qualquer noção de anatomia. A transformação de Jekyll para Hyde é tão ridícula que é difícil levar o personagem a sério. Além disso, o CGI usado para criar o personagem envelheceu muito mal, o que só aumenta o desconforto.
5. Mina Harker: Vampira... Porque Sim?
Nos livros de Drácula, Mina Harker é uma vítima do conde, mas no filme ela é transformada em uma vampira poderosa com habilidades que surgem e desaparecem conforme a conveniência do roteiro. Embora isso possa parecer interessante para os fãs de histórias sobrenaturais, essa mudança não faz sentido no contexto do personagem original. Além disso, as cenas em que Mina usa seus poderes são visualmente confusas, o que não ajuda a criar empatia pelo personagem.
6. O Vilão Mais Genérico Possível
O principal antagonista do filme é "O Fantasma", que mais tarde é revelado como sendo o Professor Moriarty, o arqui-inimigo de Sherlock Holmes. Embora Moriarty seja um personagem fascinante na literatura, no filme ele é reduzido a um vilão genérico com um plano confuso de começar uma guerra mundial e lucrar com armas. Sua presença é tão sem brilho que fica difícil sentir qualquer ameaça real.
7. A Química Zero Entre os Personagens
Um dos maiores atrativos dos quadrinhos de Alan Moore é a interação dinâmica entre os membros da Liga. No filme, porém, os personagens parecem estar ali por obrigação, sem nenhuma química ou desenvolvimento real. Nem mesmo o carisma de Sean Connery foi suficiente para criar um vínculo convincente entre os membros da equipe.
Curiosidades dos Bastidores
Se você acha que o filme foi complicado na tela, os bastidores não ficaram atrás. Sean Connery teria aceitado o papel de Allan Quatermain porque não entendeu o roteiro, mas também não quis perder outra oportunidade de blockbuster, como aconteceu com O Senhor dos Anéis. Infelizmente, ele achou o processo tão desgastante que decidiu se aposentar das telonas após esse trabalho.
Conclusão:
Apesar de todos os seus absurdos, A Liga Extraordinária ainda é uma experiência divertida para quem gosta de filmes caóticos e cheios de cenas exageradas. Ele é uma lembrança de como adaptações de quadrinhos nem sempre acertam, mas também de como uma boa ideia pode ser desperdiçada por escolhas criativas questionáveis. Talvez um reboot bem planejado possa dar à Liga o respeito que ela merece.
E você, já assistiu A Liga Extraordinária? Quais foram os momentos mais absurdos para você? Compartilhe sua opinião nos comentários e envie este post para aquele amigo que ama filmes cheios de ação e... absurdos!
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